sábado, 8 de dezembro de 2012

Um sabado qualquer.



Tem dias que são aparentemente difíceis.  Não que seja difícil, mas tem coisas que são mais complicadas mesmo. Aqueles dias que a gente quer ficar quieta. Querer olhar para o teto, querer a mãe do lado, o pai do lado e mais ninguém. Talvez seja um pouco de fadiga mesmo. Esse entojo dos primeiros dias que dá um enjoo chato. Não foi um dia ruim, na verdade, nenhum dia tem sido ruim. Até amanheci cantarolando uma musica (estou com sérios problemas de relembrar as musica para compartilhar), foi bem legal.
Resolvi baixar filmes para assistir e me distrair. Não quis alugar ninguém pra ouvir piada ou fazer piada. Só ficar quieta mesmo. Fiquei meio preocupada de estar me alimentando errado ou fazendo alguma coisa fora do contexto. Mas acho que não fiz nenhuma estripulia. O resto é efeito do “pancadão de remédios” mesmo. A gente dá um jeito! Ando mais equipada que qualquer drogaria da cidade!
Mas, pra quem me conhece... Sabe que uma das coisas que mais me marca tem nome: ANSIEDADE! Embora eu esteja conseguindo lidar muito bem com tudo isso (porque eu tenho e bolei uma meta de perspectiva temporal segundo as informações que eu tenho, lógico!) daqui pra frente. O que me fez parar de contar os dias. Mas hoje, a palavra que me pegou de jeito, pela tardinha, ainda agora... E já passou... Foi a tal da  “angustia” maluca e despropositada! Talvez nem tanto assim...
Porque hoje eu me dei conta do quanto meus pais têm feito tudo por mim e eu mal sei agradecer. E o quanto eu tenho cobrado qualquer coisas deles. Nem que seja me ajudar na hora dos remédios. Não me sinto bem fazendo isso. Tenho vontade de ser aquele tipo de pessoa que agradece as coisas todos os momentos. Daquela que abraça. Que diz “eu te amo” com todas as letras de forma tão verdadeira que dá vontade de dar um abraço. Mas eu não sou assim... Daí, hoje, eu consegui (mesmo que dessa forma maluca que eu tenho) agradecer tudo o que eles tem feito por mim. E me desculpei por ter que dar tanto trabalho. Por acaso, o papai sempre brinca agradecendo só ter uma filha dizendo “essa ai já valei por dez... Dá muito trabalho...”. É verdade! Mas agradeci e falei tudo que precisava. Sem briga, sem confusão. Da melhor forma que podia ser (quando a gente descobre que ir pelo amor vale muito mais que pela dor!).
E hoje foi um daqueles dias que a gente chora. Mas não chora de triste, chora de alivio. Chora porque colocou pra fora um sentimento que estava um pouco sufocado dentro da gente. E eu passei uma tarde com os meus pais. E tranquila.
E das coisas que eu aprendi, nesse momento, acho que essas pequenas recuperações são as mais valiosas. E no final do dia, deitar a cabeça no travesseiro e agradecer tudo isso. Todas as coisas boas, porque é isso que a gente tem que tirar no final do dia. Apenas as coisas boas. Independente de como isso se deu. E são destes pequenos detalhes, dessa base, dessa raiz que a gente tira forças todos os dias para lutar e seguir em frente. Porque eu sei que tem gente que vale a pena. Estes dois valem uma granja toda e mais um pouco.

3 comentários:

  1. Tatá, bacana, gostei muito de ouvir a vovó ler o que vc escreve, bjs com saudade Luluca.

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  2. Já te disse, né? Cada um amadurece do jeito que Deus acha melhor: o seu jeito foi envolvida por muito amor e carinho.

    Que bom que conseguiu falar pra eles, faz toda a diferença pra gente, né?

    Linda! :*

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  3. Eu, como representante do Sindicato dos Pais tenho que declarar: chorei. ="D

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