terça-feira, 27 de novembro de 2012

impressões



Pelas meinhas contas, essa já é a terceira semana desde que todo o processo começou. Parece que foi ontem que fui correndo - deixa a minha linguagem não literal em paz, certo?! – pra urgência da Unimed. Com um médico desconhecido falando um monte de coisas pra mim enquanto eu estava dormente, roxa e com dor numa UTI. E depois de três dias que mais pareceram um só as coisas começaram a caminhar pacientemente do ritmo que tem que ser.
Hoje é a terceira semana da historia. Semanas sem sal, com problemas digestivos, família em mutirão, amigos preocupados e todas essas coisas. Três semanas conhecendo melhor as pessoas e as pessoas me conhecendo bem. Três semanas malucas. E não que eu ache essa coisa “maluca” ruim. Como se décadas tivessem sido guardadas dentro de um cofre bonito e ninguém queria quebrar. Essas décadas moedas foram se acumulando de tal forma por anos. Até que chegou um momento que um alarme disparou dizendo “ei! Bora quebrar esse cofre antes que perca a validade!”.
O alarme deve ter sido esse linfoma. Mas tudo bem. O importante é que ele veio no momento certo e as coisas estão começando a fluir de maneira harmônica e tranquila. Há quem imagine que a minha casa esteja cheia 24h por dia e a família cantando canções felizes de filme de Natal ao redor da mesa de jantar. Nem é isso. Eu choro na hora de almoçar, erram o meu tempero, esquecem-se de fechar a porta do quarto. Meu estomago dói. Meu pai se sente ofendido... São detalhes. O mais importante é que as coisas tomaram outro rumo. E não importa se ficou todo mundo sorrindo o dia todo, ou não. O que importa é deitar no final do dia, ou quando acordar e pensar: NOSSA! ESSE DIA VALEU MUITO!
Não por ter conquistado um resultado mundial de alguma coisa. Ou qualquer outra coisa grandiosa que vá mudar o rumo do mundo definitivamente. Mas por eu saber que tem um monte de gente que está junto por um mesmo motivo. Amor, família... Sei lá. Talvez eu seja um pouco emocionada demais com essas coisas. Mas eu acho lindo.
E bem que eu esperava que esse Natal tivesse um significado diferente na minha vida. Graças a Deus eu vejo que, desde já, ele tem sido o melhor de todos em muitos anos. Com mais verdade que antes. Com mais sentimento de Natal que antes, com mais Deus, fé e menos Peru.
Eu sei que falta um pouquinho menos de um mês pro Natal, mas eu sou dessas. Contaminada pelo clima desde a primeira chuva de novembro.
E foram só três semanas.

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